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Review do filme "Elio", da Pixar

  • Foto do escritor: Fabio Cavazin
    Fabio Cavazin
  • 20 de jun.
  • 3 min de leitura

Uma aventura espacial com alma, humor e nostalgia.

Review do filme "Elio", da Pixar

Elio é um filme de animação produzido pela Pixar Animation Studios e distribuído mundialmente pela Walt Disney Studios Motion Pictures com estreia marcada para 19 de junho de 2025 nos cinemas brasileiros. Elio é uma daquelas obras que imediatamente despertam o carinho do público ao resgatar o espírito das produções clássicas do estúdio Pixar, aquela mistura envolvente de aventura, emoção e humor que marcou os anos 90 e início dos anos 2000. Dirigido por Adrian Molina (que também assina o roteiro), o longa conta com produção de Mary Alice Drumm e entrega uma história com estrutura sólida, personagens memoráveis e um universo tão rico que dá vontade de explorá-lo muito além da tela. A animação tem duração de 98 minutos e mistura elementos de aventura, ficção científica, comédia e drama familiar, em um enredo voltado para todas as idades


A trama acompanha Elio Solis, um garoto de 11 anos com energia e carisma de sobra, mas que enfrenta dificuldades para se socializar com outras pessoas. Elio é um garoto que sonha em ser abduzido por alienígenas, desejo que se torna realidade quando ele é confundido com o embaixador oficial da Terra por uma confederação galáctica. A partir desse momento, embarcamos com ele em uma jornada de autoconhecimento, diplomacia interplanetária e descobertas emocionais.

Na voz original, Elio é interpretado por Yonas Kibreab, e na dublagem brasileira interpretado por Miguel Quirino. Sua tutora, Olga Solis interpretada por Zoe Saldaña como sua voz original e por Letícia Quinto na dublagem brasileira, é uma oficial da Space Force e também sua tia, responsável por criar o garoto após a morte dos pais de Elio. A construção da relação entre os dois é um dos pontos mais sensíveis do filme. Olga representa a figura do adulto que precisa se adaptar de forma abrupta à realidade de cuidar de uma criança, e essa transição é retratada com empatia e naturalidade.


Os demais personagens do universo galáctico são leves, engraçados e bem construídos, contribuindo para a atmosfera acolhedora da narrativa. Destacam-se o alienígena Glordon (Remy Edgerly), Lord Grigon (Brad Garrett) e a conselheira OOOOO (Shirley Henderson), entre outros representantes desse novo universo interestelar. Na dublagem brasileira, nomes como César Emílio (Lord Grigon) contribuem para manter a identidade da obra acessível e envolvente para o público nacional. E aqui vai uma leve menção honrosa a Arlete Montenegro (Narradora do Museu) uma das dubladoras com mais tempo em atuação.


A história prende do início ao fim, me vi totalmente imerso no universo do filme, ri com frequência, senti tensão e me emocionei com a trajetória de Elio, o roteiro se sustenta com originalidade e sensibilidade. Elio é daqueles protagonistas por quem você inevitavelmente torce, com um objetivo claro, uma personalidade cativante e um coração enorme. A única ressalva fica para o final que embora coerente com a proposta da história, ele é encerrado de forma um pouco abrupta. O universo criado é tão rico e cheio de possibilidades que seria natural esperar uma continuação ou até mesmo uma expansão em forma de série animada. Por esse motivo, minha nota pessoal é 9,5/10, descontando 0,5 apenas por esse “fechamento total” que impede uma evolução natural da história, seja para um novo filme ou série animada, caso contrário seria uma nota 10.

Elio é mais uma joia no catálogo da Pixar: uma aventura doce, divertida e inesquecível, que resgata a essência de seus melhores filmes enquanto aponta para novas possibilidades narrativas. É impossível sair da sala sem desejar fazer parte daquele universo.


escrito por Fabio Cavazin

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